quarta-feira, 29 de abril de 2009

PALESTRA: A REVOLUÇÃO DE ABRIL



No âmbito da disciplina de História A do 12º ano, realizou-se uma palestra no auditório da Esfa sobre a Revolução do 25 de Abril, proferida pelo coronel Gertrudes da Silva (capitão de Abril), que contextualizou historicamente a Revolução e que na primeiro pessoa deu testemunho dos acontecimentos, coloridos por alguns documentos pessoais. Numa plateia atenta, os alunos e professores presentes viveram 35 anos depois o dia da Liberdade, com um dos seus personagens. Dada a falta de tempo muitas questões ficaram por colocar, contudo, fica aqui a sugestão para deixarem um comentário sobre este momento.

Mais uma vez o nosso bem haja ao coronel Gertrudes da Silva.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

O COLAPSO DO BLOCO SOVIÉTICO

COLAPSO DO BLOCO SOVIÉTICO
A segunda potência mundial, a URSS enfrentou, nos anos 80 um conjunto de problemas de difícil solução. O estado encontra-se fortemente centralizado e o partido comunista transformara-se numa instituição mais preocupada em garantir os seus privilégios do que promover o bem-estar da população. A governação de Brejnev provocara uma estagnação económica e deixara por explorar grande parte dos recursos da União Soviética. Os bens eram escassos e não satisfaziam a procura.
O investimento do estado soviético incidia no campo militar, sector essencial no contexto da Guerra Fria e deixava ao abandono uma indústria cada vez mais obsoleta.
Nos anos 80 perante o desmoronamento iminente da URSS, Mikhail Gorbatchev tentou evitar o colapso do regime comunista, procurando um entendimento com os Estados Unidos, diminuindo as perseguições politicas e modernizando o arcaico sector económico.
No campo político e social, Gorbatchev aplicou a Glasnost com o intuito de criar uma sociedade mais aberta e participativa o que permitiu a oposição expressar os seus pontos de vista e criticar o regime. Foi criado um parlamento eleito, no qual competia nomear o Presidente da Republica, apesar de o poder continuar centralizado no partido comunista. Na área económica implementou-se a perestroika para solucionar os graves problemas da economia. No plano diplomático, nomeação de Gorbatchev pôs termo a bipolarização do sistema político internacional.
As medidas adoptadas por Gorbatchev não evitaram o declínio da União Soviética, acabando por levá-la à implosão, em 1991. Três factores estiveram na base deste colapso: a falência económica e desmoronamento dos fundamentos ideológicos do sistema comunista e a proclamação de independência das republicas que integravam a URSS.
Em 1991 Gorbatchev declara a dissolução da URSS e demite-se das suas funções de Presidente. O desmoronamento da União Soviética da origem a CEI. Estas alterações na Rússia deram origem à queda do Muro de Berlim.

Perestroika
Política reformista conduzida, na década de 80, pelo presidente Mikhail Gorbachev, que abriu as portas à «implosão» do regime comunista instaurado na União Soviética, acarretando a renúncia à economia planificada e a consequente aceitação das regras do mercado livre, a instauração de um regime parlamentar e necessariamente a liberdade do funcionamento de partidos políticos, mas também provocou a desagregação da federação, por força de nacionalismos e irredentismos agressivos, responsáveis por numerosos conflitos sangrentos, alguns dos quais ainda se mantêm vivos, sem solução à vista (Chechénia, por exemplo). Na ordem externa, levou ao fim do bloco político-militar (Pacto de Varsóvia) e da organização económica supranacional dirigida pela extinta URSS (o COMECON) e, consequentemente, ao termo da Guerra Fria e ao apaziguamento da política internacional, particularmente no que diz respeito ao controle, armazenamento e experimentação das armas termonucleares. A dissolução do Bloco de Leste permitiu a reaproximação das duas Alemanhas e a sua reunificação numa única república. As alterações, especialmente as registadas no domínio da política externa, contribuíram grandemente para afastar o espectro de uma guerra que, temia-se, poderia ter início na Europa e alastrar a todo o mundo, provocando a extinção de todas as formas de vida no planeta.

A QUEDA DO MURO DE BERLIM
Com o colapso do bloco soviético é o fim do muro de Berlim.
O regime da RDA (Alemanha de Leste) entrou em colapso após a demissão de Eric Honecker em 1989. As manifestações que se sucederam culminaram com a queda do Muro de Berlim.
Os enormes fluxos migratórios da Alemanha de leste para a Alemanha de oeste, durante o Verão de 1989, tornaram-se impossíveis de controlar por isso a 9 de Novembro de 1989, teve que ser autorizada a livre circulação entre as duas partes de Berlim, e como consequência a destruição do Muro. Nessa noite os alemães de um e de outro lado da cidade subiram e dançaram em cima dele. Reinava a alegria, todos festejavam enquanto várias faixas do muro iam sendo cortadas e deitadas abaixo.
Nesse momento histórico não se estava apenas a deitar abaixo uma parede: a queda do Muro de Berlim significava a queda dos regimes comunistas, o fim da Guerra Fria e de toda a tensão mundial e a abertura ao mundo.
Em 1990, foi assinado, em Berlim um tratado de unificação entre os dois estados Alemães. A queda do Muro de Berlim provocou uma onda de choque que levou a derrocada dos regimes comunistas nos outros países de leste europeu.
Na euforia, muita gente não previu as futuras dificuldades por que a Alemanha iria atravessar.

A CRISE APÓS A QUEDA DO MURO
Desde o momento em que se abriram as fronteiras em Novembro de 1989 uma avalanche de modificações internas e externas ocorreram na Alemanha e mudanças radicais trouxeram uma nova situação para a relação de equilíbrio de poder no mundo. O desnível estrutural e social entre leste e oeste se fez cada vez mais visível. Também consta o surgimento de racismo e neonazismo nas relações em que se encontram na Alemanha reunificada, na qual os Alemães cultivam um sentimento de barreira virtual, mesmo após a queda do muro para com entre os Alemães de ambos os lados da Alemanha.
A Alemanha enfrentava graves problemas económicos: infra-estruturas inexistentes ou obsoletas, uma industria antiquada, habitações degradadas um sistema de distribuição e de comércio inoperante. O desfasamento entre o crescente número de consumidores privados de bens de consumo e a escassez de produtores provocou uma inflação galopante, aumentou a pobreza, o desemprego e permitiu o enriquecimento rápido e fácil das máfias através de tráficos ilícitos.
A anexação monetária (adopção do marco alemão ocidental) e o desejo de alcançar rapidamente o padrão de vida dos alemães-ocidentais eram a grande expectativa e o sonho da maioria da população oriental.
Estas foram as dificuldades que a Alemanha atravessou após a queda do Muro de Berlim.