sábado, 24 de outubro de 2009

ESTRUTURA / COTAÇÕES / CONTEÚDOS DO TESTE

2 GRUPOS

GRUPO I

Um documento e duas questões (25 + 70 pontos)


GRUPO II

Dois documentos e duas questões (40 + 65 pontos)

Conteúdos:
1- As transformações das primeiras décadas do século XX
1.1 – Um novo equilíbrio global
1.1.1 – A geografia política após a Primeira Guerra Mundial. A Sociedade das Nações
1.1.2 – A difícil recuperação económica da Europa e a dependência em relação aos Estados unidos
1.2 – A implantação do marxismo-leninismo na Rússia: a construção do modelo soviético
1.2.1 – 1917: O ano das revoluções
1.2.2 – Da democracia dos sovietes ao centralismo democrático
1.3 – A regressão do demoliberalismo
1.3.1 – O impacto do socialismo revolucionário; dificuldades económicas e radicalização dos movimentos sociais; emergência de autoritarismos
1.4 – Mutações nos comportamentos e na cultura
1.4.1 – As transformações da vida urbana
1.4.2 – A descrença no pensamento positivista e as novas concepções científicas
1.4.3 – As vanguardas: rupturas com os cânones das artes e da literatura
1.5 – Portugal no primeiro pós-guerra
1.5.1 – As dificuldades económicas e a instabilidade política e social; a falência da primeira República

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

DA 1ª REPÚBLICA À DITADURA MILITAR

Crise e Queda da Monarquia
Nos finais do século XIX, vivia-se em Portugal uma crise económica e social e grande instabilidade política.Em 1880, as comemorações do tricentenário da morte de Camões foram aproveitadas pelo Partido Republicano para a divulgação das respectivas ideias e para provocar agitação social.Em 1890, o ultimato inglês, enviado pela Inglaterra a Portugal, por causa dos territórios entre Angola e Moçambique, e a cedência do Governo português provocaram um grande descontentamento e agitação. A contestação à Monarquia e à Inglaterra foi grande.
Fizeram-se manifestações, comícios, escreveram-se artigos de opinião. Numa récita no Teatro Avenida, em Lisboa, ouviu-se, pela primeira vez, "A Portuguesa" que, com ligeiras alterações, passou a ser o Hino Nacional, depois de implantada a República.O Governo respondeu com a repressão.Em 31 de Janeiro de 1891, na cidade do Porto, deu-se a primeira tentativa de implantação da República, revolta que fracassou.
Mataram o Rei!
Para tentar resolver a crise financeira (aumento do custo de vida - inflação), que se juntara à crise política, D.Carlos chamou, para o Governo, João Franco que viria a instaurar um regime ditatorial. O descontentamento aumentou e, em 1908, deu-se o regicídio do rei D.Carlos e do príncipe Luís Filipe.Sucedeu-lhe no trono D.Manuel II, filho mais novo de D.Carlos, que demitiu João Franco. Apesar de conceder liberdades à Oposição, o descontentamento continuou a aumentar, tendo sido aproveitado pela Carbonária, pela Maçonaria e, sobretudo, pelo Partido Republicano.
A Revolução Republicana
Foi na noite de 4 de Outubro de 1910 que eclodiu a revolução republicana, preparada por um grupo de oficiais, sargentos e civis, organizados em torno da Carbonária. Seriam levados a cabo três ataques simultâneos: ao Palácio Real das Necessidades, ao Quartel-General e ao Quartel do Carmo.Os combatentes republicanos, comandados por Machado Santos, concentraram-se na Rotunda de Lisboa. A Guarda Municipal e tropas fiéis ao rei juntaram-se no Rossio.As tropas monárquicas ofereceram resistências, mas os combatentes da Rotunda saíram vitoriosos. Foi então que a Marinha decidiu passar à acção, bombardeando o Rossio e o Palácio das Necessidades, provocando a fuga da família real para a Ericeira, de onde embarcou para a Inglaterra.José Relvas, da varanda da Câmara Municipal de Lisboa, proclamou a implantação da república. Como afirmava um jornalista da época, “o resto do País soube da implantação da república por telegrama”; aceitaram-na e, em muitas povoações, as pessoas regozijaram-se com o acontecimento.Acabava de nascer a 1ª República Portuguesa.
1911 – Constituição Republicana
Implantada a República, foi constituído um Governo Provisório, presidido pelo Dr. Teófilo Braga. O Governo Provisório elaborou um conjunto de leis que visavam, entre outros, os seguintes domínios: separação da Igreja e do Estado e protecção à família. Quanto à separação da Igreja e do Estado, a legislação incidiu sobre a:- proibição do ensino religioso nas escolas;- expulsão das ordens religiosas;- nacionalização dos bens da Igreja.Quanto à família:- instituição do divórcio e casamento civil;- protecção dos filhos ilegítimos;- igualdade dos direitos da mulher,- protecção à infância e velhice;- regulamentação do direito à greve.Em 1911 foi eleita a Assembleia Nacional Constituinte que aprovou as leis elaboradas pelo Governo Provisório.Nesse mesmo ano foi aprovada a Constituição Republicana que consagrava a divisão tripartida dos poderes e esta elegeu o primeiro presidente da República Portuguesa – Dr. Manuel de Arriaga.
Portugal e a 1ª Guerra Mundial
Perante o deflagrar da 1ª Guerra Mundial, o Governo português não ficou indiferente.A 7 de Agosto de 1914, o Congresso, reunido extraordinariamente, aprovou uma declaração em que se reafirmava que Portugal não faltaria aos seus deveres impostos pela sua aliança com a Inglaterra. Foi depois decretada a organização de uma expedição militar, com destino a Angola e Moçambique.Estas colónias portuguesas, cobiçadas pela Alemanha desde os finais do século XIX, estavam a ser invadidas por tropas daquele país.Havia os que defendiam que, se Portugal entrasse na guerra ao lado dos Aliados, estes ajudariam a defender as nossas colónias (Angola e Moçambique), cobiçadas pelos Alemães, e ficaríamos mais fortalecidos internacionalmente.Mas também havia grupos (alguns republicanos e monárquicos) que se opunham.Grande parte da população portuguesa era inculta e analfabeta e desconhecia as causas da guerra e as razões que levavam Portugal a participar nela.Em 1916, a Inglaterra solicitou a Portugal o confisco de barcos alemães ancorados nos portos nacionais. Portugal atendeu o pedido e a Alemanha declarou-lhe guerra (9-3-1916).O Governo organizou o Corpo Expedicionário Português (CEP) para combater em França (1917-1918), ao mesmo tempo que eram enviadas tropas para Angola e Moçambique.Os soldados portugueses sofreram a dureza da guerra das trincheiras e as consequências dos ataques com gás tóxico.Foi ainda ao longo de 1918 (9 de Abril) que se desenrolou a Batalha de La Lys (França), em que, apesar de vencidas e de terem sofrido um número considerável de baixas, as tropas portuguesas se bateram corajosamente.Também ao largo dos Açores, o caça-minas “Augusto de Castilho” foi fundado por um submarino alemão, depois de ter resistido e respondido ao ataque.» O Fim da GuerraO final da guerra em 1918 foi recebido entusiasticamente pelos Portugueses. Contudo, a participação de Portugal na guerra provocou algumas alterações na vida social:- um elevado número de mortos (mais de dez mil, quer na Flandres, quer em Angola e Moçambique) e, como consequência, a diminuição de mão-de-obra; muitos combatentes regressaram inválidos, vítimas não só das armas de fogo mas também da utilização do gás;- a situação económica do país agravou-se: aumento do custo de vida, escassez de géneros, fome, aumento dos impostos, desemprego;- a morte de familiares e a crise económica causaram grande agitação social: greves, assaltos a estabelecimentos comerciais, etc;Apesar da crise em que mergulhou, Portugal conseguiu manter a posse das colónias.
A Queda da 1ª República
A Ditadura MilitarHavia grande instabilidade política, aproveitada pela Oposição , a par de uma crise económica. Esta situação agravou-se com a participação de Portugal na 1ª Grande Guerra.Os governos continuavam a suceder-se e começou a gerar-se a ideia de que o exército era a única força que poderia pôr ordem no país.Em 28 de Maio de 1926, o general Gomes da Costa revoltou-se em Braga e, com forças militares, dirigiu-se a Lisboa, tomando o poder, instaurando-se uma ditadura militar.Em 1928, o general Óscar Fragoso Carmona foi eleito presidente da República.A crise económica era grave e, para a solucionar, foi convidado, para ministro das Finanças, António de Oliveira Salazar.Este conseguiu (a partir de 1928) suster a crise, mas submeteu todos os outros ministérios ao das Finanças.
»»
Sites com interesse: