Conteúdos para o teste
Portugal e o Mundo da Segunda Guerra Mundial ao início da década de 80 – opções internas e contexto internacional
1. Nascimento e afirmação de um novo quadro geopolítico
1.1. A reconstrução do pós-guerra
1.1.1-A definição das áreas de influência
1.1.2- A organização das Nações Unidas
1.1.3- As novas regras da economia internacional
1.1.4- A primeira vaga de descolonizações
1.2. O tempo da Guerra Fria – a consolidação de um mundo bipolar
1.2.1- O mundo capitalista
1.2.2- O mundo comunista
1.2.3- A escalada armamentista e o início da era espacial.
1.3. A afirmação de novas potências
1.3.1. O rápido crescimento do Japão
1.3.2. O afastamento da China do Bloco Soviética
1.3. 3. A ascensão da Europa
1.3.4. A segunda vaga de descolonizações. A política de não-alinhamento
1.4- O termo de prosperidade económica: origens e efeitos
sábado, 31 de janeiro de 2009
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
FRENTES DA GUERRA FRIA: 1946-1962
Conflito nitidamente psicológico e acusativo entre os dois blocos de nações um liderado pela União Soviética e outro pelos Estados Unidos. Nunca se deu um confronto, aberto, directo propriamente dito entre estas duas potências, sobretudo devido ao mútuo receio de se desencadear uma guerra nuclear. Este traduziu-se, fundamentalmente, por uma disputa económica e diplomática; no terreno, apenas indirectamente em conflitos regionais. Interesses divergentes conduziram a um clima de mútua suspeição enraizado numa intensa rivalidade ideológica. Contudo, e por incrível que pareça, a Guerra Fria assegurou a paz na Europa durante cerca de 50 anos. Na origem deste conflito aparente está a tomada do poder na Rússia pelos comunistas em 1917, que subsequentemente criaram a União Soviética. A Inglaterra, a Alemanha, o Japão e os Estados Unidos, que intervieram na guerra civil russa, viam com alguma desconfiança e temor a instalação deste regime comunista. Apesar de alguns países não reconhecerem oficialmente a União Soviética, esta manteve-se imperturbável até à Segunda Guerra Mundial. As circunstâncias deste conflito mundial levaram a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas a juntar-se aos Aliados na luta contra um inimigo comum: a Alemanha nazi. No entanto, esta guerra serviu também para estender o poderio soviético, beneficiando da fraqueza de uma Europa, que perdia definitivamente o seu lugar no quadro estratégico mundial. Em 1944-1945 o líder soviético Josef Estaline usou o Exército Vermelho para subjugar a Europa de Leste, sob o pretexto de garantir a sua segurança. O presidente norte-americano, Harry S. Truman, para responder a esta ofensiva russa, pôs em prática uma política para reunir a Europa sob a sua liderança. A falta de confiança fez quebrar os compromissos assumidos durante a guerra. Estaline, por um lado, não cumpriu a promessa de fazer eleições livres na Europa de Leste, e Truman, por sua vez, não concedeu o auxílio prometido à reconstrução da União Soviética no período do pós-guerra. A tensão aumentou em 1946 quando Estaline proferiu um discurso interpretado pelos norte-americanos como uma declaração de guerra ideológica ao Ocidente. No ano seguinte os americanos puseram em prática a "Doutrina Truman", que pretendia enviar auxílio para as forças anticomunistas na Grécia e na Turquia. Nesse ano, o jornalista Walter Lippmann celebrizou o termo "Guerra Fria", num livro com o mesmo nome. Entretanto, no Congresso americano, o senador Joseph R. McCarthy era incumbido dos inquéritos para averiguar as actividades pró-soviéticas dos cidadãos norte-americanos. As investigações sobre as alegadas actividades pró-soviéticas atingiram tal dimensão que esse período ficaria conhecido como da "caça às bruxas". O período macartista foi igualmente caracterizado pelo "Plano Marshall" de 1948, um programa americano de ajuda à reconstrução da Europa Central e Ocidental. Estaline contra-atacou com a instalação de governos comunistas por toda a Europa de Leste. Em 1948 (1948-1949) a crise de relacionamento atingiu níveis preocupantes quando o dirigente soviético resolveu também bloquear os sectores ocidentais de Berlim, salvos com a ajuda Ocidental através de uma ponte aérea que ficou célebre. A partir de então, a rivalidade assumiu-se claramente ao nível militar. Em 1949 as potências ocidentais uniram-se para formar a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN/ NATO). As tensões intensificaram-se em 1949, quando os soviéticos ensaiaram a primeira bomba atómica; paralelamente, os maoístas comunistas tomaram a China. Estes dois países assinaram uma aliança estratégica em 1950. Entretanto, os Estados Unidos favoreciam o desenvolvimento do Japão para fazer face à Ásia comunista. Quando a Coreia do Norte, comunista, invadiu a Coreia do Sul, em 1950, precipitando a Guerra da Coreia (1950-1953), Truman fez intervir os Estados Unidos sob os auspícios das Nações Unidas. Era claro que o bloco comunista apoiava o invasor. Com a morte de Estaline, em 1953, o clima de tensão aliviou-se, mas em 1955 o bloco soviético formou o Pacto de Varsóvia. A Alemanha, por sua vez, entrava na NATO. Os países que não se posicionavam junto de um destes blocos, os não-alinhados, recusavam, como podiam, o poder das grandes potências mundiais. O clima de tensão intensificou-se nos anos 50 quando os dois blocos começaram a desenvolver mísseis balísticos intercontinentais e procuraram aumentar a sua rede de influência na África, na Ásia, na América Latina e no Médio Oriente. A União Soviética instigou a construção em 1961 do muro de Berlim para proteger a Alemanha comunista da Alemanha ocidental. Uma grave crise rebentou em 1962 quando os soviéticos colocaram mísseis em Cuba. O presidente americano John F. Kennedy ameaçou retaliar, e o conflito só foi sanado depois do compromisso dos comunistas retirarem o arsenal nuclear se os americanos não atacassem Cuba. Os soviéticos ficaram, por outro lado, enfraquecidos com a quebra das relações com a China e com a Primavera de Praga na Checoslováquia; e os protestos de outros governos satélites, como na Hungria. Os americanos, por seu turno, envolveram-se na desastrosa guerra do Vietname, que lhes custou 55 mil homens, e não devolveu o Vietname Sul ao seu bloco (pró-ocidental). Nos anos 70 as duas potências acordaram manter uma política de coexistência pacífica. A invasão soviética do Afeganistão em 1980 saldou-se num desastre, como fora a Guerra do Vietname para os americanos, dado que não atingiram nenhum dos objectivos inicialmente propostos e confrontaram-se com pesadas baixas e cenários de guerra adversos. O contra-ataque americano foi a intensificação da luta anticomunista, nomeadamente na Polónia, apoiada numa exacerbada preocupação com o armamento e a defesa sob a presidência de Ronald Reagan, com o lançamento do plano de defesa estratégico conhecido como "Guerra das Estrelas". Rapidamente as duas potências concordaram que despendiam avultadas somas de dinheiro com a política de armamento. Em 1985 Mikhail Gorbachev, o líder da nova geração soviética, chegou ao poder na União Soviética, inaugurando um conjunto de políticas reformistas (Glasnost, transparência, e Perestroika, transformação). Estas políticas aliviaram as tensões mas provocaram o desmembramento do bloco, com a União Soviética a não resistir aos movimentos ocidentais anticomunistas. A queda do muro de Berlim em 1989, a assinatura o tratado entre as quatro potências vitoriosas da Segunda Guerra Mundial, a 12 de Setembro de 1990, que permitiu a reunificação alemã, e o apoio da Rússia na Guerra do Golfo (1990-1991) marcaram o fim da Guerra Fria. O presidente norte-americano George Bush chamou a atenção para "uma nova ordem mundial", que deveria substituir a rivalidade entre as superpotências. A Guerra Fria poderia ter terminado mas o mundo debatia-se com constantes tensões, que não provinham necessariamente da velha rivalidade entre a ex-União Soviética e os Estados Unidos.
* Refere as principais alianças e conflitos registados durante o período da Guerra Fria
* Refere as principais alianças e conflitos registados durante o período da Guerra Fria
GUERRA FRIA
Depois da Segunda Guerra Mundial, a Europa Ocidental, devastada e sem as colónias, deixou de estar em condições de desempenhar o seu papel secular de potência mundial. Este papel foi então assumido por dois novos protagonistas, os Estados Unidos da América e a URSS, cada um constituindo em seu torno um bloco de protegidos e aliados. Os americanos estenderam o seu modelo político e económico à Europa Ocidental e a países asiáticos como o Japão, os soviéticos passaram a dominar a Europa de Leste e certas nações asiáticas. Num caso como noutro, este movimento fez-se acompanhar de alianças militares da maior importância, que se concretizaram, nomeadamente, na criação da NATO e do Pacto de Varsóvia. Constituíram-se assim dois pólos de influência e dois sistemas irreconciliáveis. Pode talvez dizer-se que a Guerra Fria teve início entre os anos de 1947 e 1948, quando os Estados Unidos se dispuseram a apoiar a recuperação económica da Europa através do Plano Marshall. Era uma forma de travar a influência soviética no Velho Continente. Nos anos seguintes assistir-se-ia ao acumular de sinais que indicavam este antagonismo. A NATO é constituída em 1949. Nesse mesmo ano, a União Soviética declara possuir a bomba atómica e tem início a Guerra da Coreia, um confronto em que está claramente em disputa a supremacia entre os dois blocos. Em 1955 é assinado o Pacto de Varsóvia, que cria uma organização, simétrica da NATO, vocacionada para a cooperação militar entre a União Soviética e outros países de regime comunista. O momento de maior tensão da Guerra Fria deu-se em 1962, quando um confronto directo entre as duas superpotências foi evitado por pouco. Numa posição de força, a União Soviética instalou mísseis em Cuba, mas viu-se na necessidade de os retirar. O episódio mostrou que os dois blocos não estavam preparados para um conflito directo. Ficou ainda a evidência de que, se tal acontecesse, não haveria vencedor. A partir dos anos 70 assistiu-se a um abrandamento de tensões, com sucessivos encontros diplomáticos entre altos responsáveis dos dois blocos e mesmo a assinatura de acordos de contenção e desmantelamento de armamento. O sistema bipolar da Guerra Fria terminou definitivamente com as reformas políticas e económicas levadas a cabo na União Soviética pelo presidente Mikhail Gorbachev, reformas que ficaram conhecidas com o nome de Perestroika.
terça-feira, 13 de janeiro de 2009
A PRIMEIRA VAGA DE DESCOLONIZAÇÕES
• O processo de descolonização pós-Segunda Guerra Mundial inicia-se no
continente asiático.
• No Médio Oriente: Síria, Líbano, Jordânia e a Palestina (1948 nasce da guerra o
Estado de Israel).
• Índia (colónia inglesa) dividida em dois Estados: a União Indiana (maioria
hindu) e o Paquistão (maioria muçulmana).
• Ceilão, Birmânia e Malásia reclamam também a sua independência.
• A Holanda e a França São também forçados a abrir mão dos seus territórios.
• A descolonização estende-se da Ásia para África do Norte (nos anos 60).
Na segunda metade do século XX o mapa das nações alterou-se e impôs-se o princípio da igualdade entre todos os povos do Mundo
* Relaciona a 2ª Guerra Mundial com o início do movimento de descolonização
continente asiático.
• No Médio Oriente: Síria, Líbano, Jordânia e a Palestina (1948 nasce da guerra o
Estado de Israel).
• Índia (colónia inglesa) dividida em dois Estados: a União Indiana (maioria
hindu) e o Paquistão (maioria muçulmana).
• Ceilão, Birmânia e Malásia reclamam também a sua independência.
• A Holanda e a França São também forçados a abrir mão dos seus territórios.
• A descolonização estende-se da Ásia para África do Norte (nos anos 60).
Na segunda metade do século XX o mapa das nações alterou-se e impôs-se o princípio da igualdade entre todos os povos do Mundo
* Relaciona a 2ª Guerra Mundial com o início do movimento de descolonização
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