segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

FRENTES DA GUERRA FRIA: 1946-1962

Conflito nitidamente psicológico e acusativo entre os dois blocos de nações um liderado pela União Soviética e outro pelos Estados Unidos. Nunca se deu um confronto, aberto, directo propriamente dito entre estas duas potências, sobretudo devido ao mútuo receio de se desencadear uma guerra nuclear. Este traduziu-se, fundamentalmente, por uma disputa económica e diplomática; no terreno, apenas indirectamente em conflitos regionais. Interesses divergentes conduziram a um clima de mútua suspeição enraizado numa intensa rivalidade ideológica. Contudo, e por incrível que pareça, a Guerra Fria assegurou a paz na Europa durante cerca de 50 anos. Na origem deste conflito aparente está a tomada do poder na Rússia pelos comunistas em 1917, que subsequentemente criaram a União Soviética. A Inglaterra, a Alemanha, o Japão e os Estados Unidos, que intervieram na guerra civil russa, viam com alguma desconfiança e temor a instalação deste regime comunista. Apesar de alguns países não reconhecerem oficialmente a União Soviética, esta manteve-se imperturbável até à Segunda Guerra Mundial. As circunstâncias deste conflito mundial levaram a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas a juntar-se aos Aliados na luta contra um inimigo comum: a Alemanha nazi. No entanto, esta guerra serviu também para estender o poderio soviético, beneficiando da fraqueza de uma Europa, que perdia definitivamente o seu lugar no quadro estratégico mundial. Em 1944-1945 o líder soviético Josef Estaline usou o Exército Vermelho para subjugar a Europa de Leste, sob o pretexto de garantir a sua segurança. O presidente norte-americano, Harry S. Truman, para responder a esta ofensiva russa, pôs em prática uma política para reunir a Europa sob a sua liderança. A falta de confiança fez quebrar os compromissos assumidos durante a guerra. Estaline, por um lado, não cumpriu a promessa de fazer eleições livres na Europa de Leste, e Truman, por sua vez, não concedeu o auxílio prometido à reconstrução da União Soviética no período do pós-guerra. A tensão aumentou em 1946 quando Estaline proferiu um discurso interpretado pelos norte-americanos como uma declaração de guerra ideológica ao Ocidente. No ano seguinte os americanos puseram em prática a "Doutrina Truman", que pretendia enviar auxílio para as forças anticomunistas na Grécia e na Turquia. Nesse ano, o jornalista Walter Lippmann celebrizou o termo "Guerra Fria", num livro com o mesmo nome. Entretanto, no Congresso americano, o senador Joseph R. McCarthy era incumbido dos inquéritos para averiguar as actividades pró-soviéticas dos cidadãos norte-americanos. As investigações sobre as alegadas actividades pró-soviéticas atingiram tal dimensão que esse período ficaria conhecido como da "caça às bruxas". O período macartista foi igualmente caracterizado pelo "Plano Marshall" de 1948, um programa americano de ajuda à reconstrução da Europa Central e Ocidental. Estaline contra-atacou com a instalação de governos comunistas por toda a Europa de Leste. Em 1948 (1948-1949) a crise de relacionamento atingiu níveis preocupantes quando o dirigente soviético resolveu também bloquear os sectores ocidentais de Berlim, salvos com a ajuda Ocidental através de uma ponte aérea que ficou célebre. A partir de então, a rivalidade assumiu-se claramente ao nível militar. Em 1949 as potências ocidentais uniram-se para formar a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN/ NATO). As tensões intensificaram-se em 1949, quando os soviéticos ensaiaram a primeira bomba atómica; paralelamente, os maoístas comunistas tomaram a China. Estes dois países assinaram uma aliança estratégica em 1950. Entretanto, os Estados Unidos favoreciam o desenvolvimento do Japão para fazer face à Ásia comunista. Quando a Coreia do Norte, comunista, invadiu a Coreia do Sul, em 1950, precipitando a Guerra da Coreia (1950-1953), Truman fez intervir os Estados Unidos sob os auspícios das Nações Unidas. Era claro que o bloco comunista apoiava o invasor. Com a morte de Estaline, em 1953, o clima de tensão aliviou-se, mas em 1955 o bloco soviético formou o Pacto de Varsóvia. A Alemanha, por sua vez, entrava na NATO. Os países que não se posicionavam junto de um destes blocos, os não-alinhados, recusavam, como podiam, o poder das grandes potências mundiais. O clima de tensão intensificou-se nos anos 50 quando os dois blocos começaram a desenvolver mísseis balísticos intercontinentais e procuraram aumentar a sua rede de influência na África, na Ásia, na América Latina e no Médio Oriente. A União Soviética instigou a construção em 1961 do muro de Berlim para proteger a Alemanha comunista da Alemanha ocidental. Uma grave crise rebentou em 1962 quando os soviéticos colocaram mísseis em Cuba. O presidente americano John F. Kennedy ameaçou retaliar, e o conflito só foi sanado depois do compromisso dos comunistas retirarem o arsenal nuclear se os americanos não atacassem Cuba. Os soviéticos ficaram, por outro lado, enfraquecidos com a quebra das relações com a China e com a Primavera de Praga na Checoslováquia; e os protestos de outros governos satélites, como na Hungria. Os americanos, por seu turno, envolveram-se na desastrosa guerra do Vietname, que lhes custou 55 mil homens, e não devolveu o Vietname Sul ao seu bloco (pró-ocidental). Nos anos 70 as duas potências acordaram manter uma política de coexistência pacífica. A invasão soviética do Afeganistão em 1980 saldou-se num desastre, como fora a Guerra do Vietname para os americanos, dado que não atingiram nenhum dos objectivos inicialmente propostos e confrontaram-se com pesadas baixas e cenários de guerra adversos. O contra-ataque americano foi a intensificação da luta anticomunista, nomeadamente na Polónia, apoiada numa exacerbada preocupação com o armamento e a defesa sob a presidência de Ronald Reagan, com o lançamento do plano de defesa estratégico conhecido como "Guerra das Estrelas". Rapidamente as duas potências concordaram que despendiam avultadas somas de dinheiro com a política de armamento. Em 1985 Mikhail Gorbachev, o líder da nova geração soviética, chegou ao poder na União Soviética, inaugurando um conjunto de políticas reformistas (Glasnost, transparência, e Perestroika, transformação). Estas políticas aliviaram as tensões mas provocaram o desmembramento do bloco, com a União Soviética a não resistir aos movimentos ocidentais anticomunistas. A queda do muro de Berlim em 1989, a assinatura o tratado entre as quatro potências vitoriosas da Segunda Guerra Mundial, a 12 de Setembro de 1990, que permitiu a reunificação alemã, e o apoio da Rússia na Guerra do Golfo (1990-1991) marcaram o fim da Guerra Fria. O presidente norte-americano George Bush chamou a atenção para "uma nova ordem mundial", que deveria substituir a rivalidade entre as superpotências. A Guerra Fria poderia ter terminado mas o mundo debatia-se com constantes tensões, que não provinham necessariamente da velha rivalidade entre a ex-União Soviética e os Estados Unidos.

* Refere as principais alianças e conflitos registados durante o período da Guerra Fria

18 comentários:

Anônimo disse...

http://www.youtube.com/watch?v=vfDShbzjT0g

NEVE :D!

Carolina Mendes

Anônimo disse...

Foi quando os EUA se dispuseram a apoiar a recuperação da Europa através do Plano Marshall, estendendo-o mesmo aos países que já se encontravam sob influência soviética que se deu o início da Guerra Fria. Consolida-se a divisão do mundo em dois blocos de influência e são criadas alianças militares em ambas as superpotências: a NATO nos EUA e o Pacto de Varsóvia na URSS.
Nos anos em que decorreu a Guerra Fria, ou a Paz Fria como insistiam em chamar-lhe, nunca se deu um confronto directo entre as duas potências em guerra, devido, como refere o documento, ao receio mútuo de se desencadear uma guerra nuclear, pois ambas estavam preparadas com os equipamentos necessários.
Quando, em 1949, os soviéticos ensaiam a sua primeira bomba atómica e, paralelamente, os maoístas comunistas invadem a China, a tensão aumenta e é formada uma aliança entre a URSS e a China. Ao mesmo tempo, os EUA favorecem o desenvolvimento do Japão, de forma a conseguir enfrentar a Ásia Comunista. Assim, foi em 1950 que se deu o primeiro confronto propriamente dito entre as duas superpotências, quando “a Coreia do Norte, comunista, invadiu a Coreia do Sul, (…), precipitando a Guerra da Coreia” que teve a duração de três anos.
O clima até então vivido intensifica-se nos anos 50, quando “os dois blocos começaram a desenvolver mísseis balísticos intercontinentais e procuram aumentar a sua rede de influência na África, Ásia, América Latina e no Médio Oriente.”
No ano de 1961 é iniciada a construção do Muro de Berlim, ou da Vergonha como era constantemente apelidado, com o objectivo de “proteger a Alemanha Comunista da Alemanha Ocidental”. No ano seguinte, rebenta a crise quando os soviéticos colocam mísseis em Cuba, sendo o conflito resolvido com o compromisso dos comunistas retirarem as suas armas se os Americanos se comprometessem a não tentar derrubar de novo o regime cubano.
Nos anos que se seguiram dá-se o enfraquecimento das duas superpotências: os soviéticos quebraram relações com a China e a Primavera de Praga enfraquece-os e os americanos envolvem-se na desastrosa Guerra do Vietname.
Na década de 70 acordam manter uma política de coexistência pacífica, mas a invasão soviética do Afeganistão dá-se em 1980, sendo-lhe dada como resposta a intensificação da luta anticomunista (“Guerra das Estrelas”). Inicia-se a corrida aos armamentos, despendendo-se avultuadas quantias de dinheiro.
Apesar de, no ano de 1959, cerca de três quartos do mundo alinhasse pelo bloco americano, cujas alianças multilaterais se estendiam, para além da NATO, à América (OEA), à Oceânia (ANZUS), ao Sudeste Asiático (OTASE), ao Médio Oriente (CENTO), mantendo ainda alianças bilaterais com o Japão, Taiwan e Coreia do Sul, o bloco soviético, mantendo alianças apenas com a Guiné, o Mali, a Argélia, a Líbia, o Iraque, a Tanzânia e a Índia para além do Pacto de Varsóvia, mantinha-se firme e forte e só em 1985, quando Mikhail Gorbachev sobe ao poder deste grandioso bloco, é que ele se desmembra.
O fim da Guerra Fria fica, então, marcado pela queda do Muro de Berlim, pela assinatura do tratado entre as quatro potências vitoriosas da 2ª Guerra Mundial e pelo apoio da Rússia na Guerra do Golfo.

Anônimo disse...

A Guerra Fria foi o conflito que opôs o lado capitalista (liderado pelos EUA) ao lado comunista (liderado pela URSS). Mas este conflito não foi nada semelhante aos conflitos que marcaram a primeira metade do século XX, pois nenhum conflito armado directo foi registado entre estas duas superpotências devido ao medo de uma guerra nuclear.
Mas este conflito não teria o impacto que teve se apenas os EUA e a URSS o tivessem protagonizado, pois este conflito atingiu o mundo inteiro, que se dividiu, apoiando o lado que lhe convinha. Do lado capitalista, fizeram-se alianças por quase o mundo inteiro, sendo a mais conhecida a NATO, organização que zelava pela defesa do lado capitalista contra a ameaça do comunismo. Outras alianças feitas foram o Pacto do Rio (abrangendo países da América Latina), ANZUS (referente á Oceânia), OTASE (Sudeste asiático) e CENTO (Médio Oriente).
Do lado comunista a aliança mais importante foi o Pacto de Varsóvia, criado em 1955, entre as democracias populares da Europa Oriental, que tinha como objectivo a retaliação de um eventual ataque do lado capitalista. Nos outros continentes, a URSS viu-se apoiada por Cuba na América e pela China e Coreia do Norte na Ásia.
Apesar de nunca se ter verificado um conflito directo, as duas potências prestaram o seu apoio em diversos conflitos. O primeiro conflito dos blocos oeste/este deu-se em 1948 com o Bloqueio de Berlim. Berlim, que se encontrava na parte administrativa da URSS, foi isolado de qualquer contacto ocidental por um ano, durante o qual foi estabelecida uma ponte aérea por onde as potências ocidentais abasteciam Berlim.
Outros conflitos surgiram nos anos seguintes, como a guerra da Coreia, na qual os EUA apoiavam a Republica Democrática da Coreia do sul e a URSS apoiava a República Popular da Coreia do norte. A URSS apoiou a invasão da Coreia do Norte na parte sul e isto fez tremer o mundo com medo de um novo conflito mundial. Outra afrontação entre os blocos deu-se com a crise dos mísseis russos em Cuba, situação que fez o presidente John F. Kennedy ameaçar uma retaliação se os mísseis não fossem retirados. O conflito foi sanado, e mais uma vez evitou-se uma afrontação directa. Outros momentos de tensão entre os dois blocos foram, a instauração do comunismo na China, a Guerra do Vietname com a participação dos EUA, a invasão do Afeganistão por parte da URSS e a construção do muro de Berlim.
Estas confrontações e provocações só tiveram fim com a queda do muro de Berlim em 1989 e com a assinatura de um tratado entre Inglaterra, França, EUA e URSS que permitiu a unificação da Alemanha. A Guerra Fria tinha, assim, terminado.

Anônimo disse...

Luisa Pereira

“Conflito nitidamente psicológico e acusativo” entre as duas grandes potências mundiais do pós-guerra, a Guerra Fria “por incrível que pareça (…) assegurou a paz na Europa durante cerca de 50 anos.”. Devido ao “mútuo receio de se desencadear uma guerra nuclear”, a URSS e os EUA nunca geraram “um confronto, aberto, directo propriamente dito”. Contudo, ambas recrutaram aliados para as suas causas, aramaram-se e organizaram-se militarmente.
A tensão provocada pelo Bloqueio de Berlim levou os EUA a criarem uma série de alianças com a maior parte dos países do mundo originando o “cerco americano” visto pelos soviéticos. “ Em 1949 as potências ocidentais uniram-se para formar a Organização do Atlântico Norte (OTAN/NATO) ”. Esta organização de carácter defensivo foi talvez a mais importante organização militar do pós-guerra. Também outras alianças surgiram um pouco por toda a parte: OEA (Organização dos Estados Unidos); ANZUS (Austrália, Nova - Zelândia e EUA); OTASE (Organização do Tratado Central).
Como resposta à criação da NATO, a URSS criou o Pacto de Varsóvia que reforçou os laços entre as democracias populares. Contudo, os países integrados nesta organização encontravam os seus poderes limitados pelos superiores interesses do socialismo devido à imposição de um modelo único e rígido. Mas, embora de uma forma mais camuflada, os americanos actuaram de feição idêntica.
O clima da Guerra Fria espalhou-se por todo o mundo, espelhando-se em particular no conflito de Cuba, no triunfo da revolução comunista da China, e na guerra da Coreia.
Cuba, um forte ponto estratégico dado à proximidade com os EUA, detinha um governo apoiado pelos americanos ao qual Fidel Castro e Che Guevara derrubaram, em 1959. Em 1962 o presidente dos EUA exigiu a retirada dos mísseis russos instalados em Cuba com alcance suficiente para atingir o território dos EUA. Assim a União Soviética fez a retirada dos seus mísseis mas só se os EUA não se imiscuíssem no regime de Fidel Castro.
Por outro lado, na China, durante a guerra civil (1945-1949), que opôs nacionalistas, chefiados por Chang Kai Check, aos comunistas de Mao tse Tung, os EUA deram ajuda aos primeiros, enquanto a URSS apoiava os últimos. A vitória dos comunistas, obrigando dos nacionalistas, levou à proclamação da República Popular da China e permitiu a implantação de uma forma especifica de marxismo-leninismo, o maoísmo, tendo a China entrado no bloco socialista após a assinatura de um tratado de amizade, aliança e mútua assistência com a URSS.
Entretanto, segundo os acordos realizados em 1945, a Coreia ficou dividida em duas. A Norte, apoiado pela URSS, e o Sul, com um governo autoritário tutelado pelos EUA. O ataque das forças da Coreia do Norte contra o Sul, tentando a reunificação, esteve na origem de uma grave crise internacional. De facto, os EUA, apoiados por um contingente da ONU, declararam guerra à Coreia do Norte, apoiada pela China. A tensão terminou quando se regressou às fronteiras de 1945, permanecendo ainda nos nossos dias as duas Coreias separadas.
Por último, o caso do Vietname também dividido em Vietname do Norte e Vietname do Sul. No Norte instalou-se um regime comunista chefiado por Ho Chi Minh que, no desenvolvimento da Guerra Fria, viria motivar a intervenção directa dos EUA, apoiando o Sul contra o Norte. A derrota dos EUA, em 1973, ajudou à unificação do Vietname sob a direcção dos comunistas.
Em 1985 as duas grandes potências retomam o diálogo e a via da concertação. Neste mesmo ano Mikhail Gorbachev estabeleceu um conjunto de políticas reformistas. Politicas essas que aliviaram as tensões mas provocaram o desmembramento do bloco, com a União Soviética a não resistir aos movimentos ocidentais anticomunistas, como se presencia no texto inicial.
“A Guerra Fria poderia ter terminado mas o mundo debatia-se com constantes tensões, que não provinham necessariamente da velha rivalidade entre a ex-União Soviética e os Estados Unidos.”

Anônimo disse...

Apesar de não se ter registado um confronto directo entre as duas superpotências, entre os dois mundos, o que é certo é que se registou um forte clima de tensão e desconfiança que deu nome à conhecida Guerra fria.
Foi durante este período que a oposição entre o mundo capitalista, liderado pelos estados Unidos, e o mundo comunista, liderado pela união Soviética, se fez sentir de forma mais intensa.
Posto isto e para cada país se superiorizar em relação ao outro, verifica-se a criação de várias alianças. Assim temos:

• No mundo capitalista:
o OTAN ou NATO (Organização do Tratado Do Atlântico Norte), destinada a salvaguardar a paz e a evitar o “contágio” do comunismo ao resto do Mundo;
o Na América _ OEA (Organização dos Estados Americanos)
o Na Oceânia _ ANZUS (Austrália, Nova Zelândia, Estados Unidos)
o No Sudeste Asiático _ OTASE (Organização do Tratado da Ásia de Sudeste)
o No Médio Oriente (Pacto de Bagdade) e mais tarde _ CENTO (Organização do Tratado Central)

• No mundo comunista:
o O Pacto de Varsóvia foi a aliança do mundo comunista mais relevante, destinado a prevenir qualquer agressão que possa acontecer vinda do mundo capitalista
o Além disto, a URSS pode contar com o apoio de Cuba, da China e da Coreia do Norte.

Em termos de confrontos, ainda que não tenham sido de forma directa verificou-se o Bloqueio de Berlim; a guerra da Coreia; o confronto por causa da crise de mísseis em Cuba; a guerra do Vietname ou ainda a criação do muro de Berlim.

Ana Margarida, 12ºD

Anônimo disse...

Como não tenho outro contacto e hoje não houve aulas ficam aqui os meus PARABÉNS à Carolina A. que hoje faz anos...muitas felicidades e um grande beijinho...
Prof.

Anônimo disse...

Oh Dr, lembrou-se de mim! Que querido eheh! Obrigada! E obrigada também aos meus restantes colegas pelas sms! E já agora, eu sou mesmo importante...nem tiveram aulas nem nada porqe nasci neste dia! Agradeçam-me... é o novo feriado municipal! EHEH

Aproveito para dizer que estou com uma preguiça enorme para fazer a resposta...Amanha estará feita, sim?

Beijinhos*, Carol

Anônimo disse...

A Guerra Fria é a designação atribuída ao período histórico de disputas estratégicas e conflitos indiretos entre os Estados Unidos (EUA) e a União Soviética (URSS), compreendendo o período entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinção da União Soviética (1991).
É chamada "fria" porque não houve uma guerra direta entre as superpotências, dada a inviabilidade da vitória em uma batalha nuclear. A corrida pela construção de um grande arsenal de armas nucleares foi central durante a primeira metade da Guerra Fria, estabilizando-se dos anos 60 para 70. A tensão provocada pelo Bloqueio de Berlim levou os EUA a criarem uma série de alianças com a maior parte dos países do mundo originando o cerco americano visto pelos soviéticos.
Em 1949 as potências ocidentais uniram-se para formar a Organização do Atlântico Norte (OTAN/NATO. Esta organização de carácter defensivo foi talvez a mais importante organização militar do pós-guerra.
Surgiram também outras alianças um pouco por toda a parte: OEA (Organização dos Estados Unidos); ANZUS (Austrália, Nova - Zelândia e EUA); OTASE (Organização do Tratado Central).
Como resposta à criação da NATO, a URSS criou o Pacto de Varsóvia que reforçou os laços entre as democracias populares. O clima da Guerra Fria espalhou-se por todo o mundo, espelhando-se em particular no conflito de Cuba, no triunfo da revolução comunista da China, e na guerra da Coreia destaca-se também a guerra do Vietname.
Em 1985 as duas grandes potências retomam o diálogo e a via da concertação.

Adelino

Anônimo disse...

A Guerra Fria foi um conflito inteiramente psicológico e acusativo entre os dois blocos de nações. Um era liderado pela União Soviética e outro pelos Estados Unidos. Nunca se deu um confronto directo propriamente dito entre estas duas potências, sobretudo devido ao mútuo receio de se desencadear uma guerra nuclear. Este acontecimento traduziu-se, fundamentalmente, por uma disputa económica e diplomática. No entanto, interesses divergentes conduziram a um clima de mútua suspeição enraizado numa intensa rivalidade ideológica.
Contudo, a Guerra Fria assegurou a paz na Europa durante cerca de 50 anos.
Na origem deste conflito aparente está a tomada do poder na Rússia pelos comunistas em 1917, que subsequentemente criaram a União Soviética. A Inglaterra, a Alemanha, o Japão e os Estados Unidos, viam com alguma desconfiança e temor a instalação deste regime comunista. Apesar de alguns países não reconhecerem oficialmente a União Soviética, esta manteve-se imperturbável até à Segunda Guerra Mundial. As circunstâncias levaram a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas a juntar-se aos Aliados na luta contra um inimigo comum: a Alemanha nazi. Esta guerra serviu também para estender o poderio soviético, beneficiando da fraqueza de uma Europa, que perdia definitivamente o seu lugar no quadro estratégico mundial.
Em 1944-45 o líder soviético (Estaline) usou o Exército Vermelho para subjugar a Europa de Leste, sob o pretexto de garantir a sua segurança. O presidente norte-americano, Harry S. Truman, para responder a esta ofensiva russa, pôs em prática uma política para reunir a Europa sob a sua liderança.
A falta de confiança fez quebrar os compromissos assumidos durante a guerra. A tensão aumentou em 1946quando Estaline proferiu um discurso interpretado pelos norte-americanos como uma declaração de guerra ideológica ao Ocidente. No ano seguinte os americanos puseram em prática a "Doutrina Truman", que pretendia enviar auxílio para as forças anticomunistas na Grécia e na Turquia.
As investigações sobre as alegadas actividades pró-soviéticas atingiram tal dimensão que esse período ficaria conhecido como da "caça às bruxas". O período macartista foi igualmente caracterizado pelo "Plano Marshall" de 1948.Este, era um programa americano de ajuda à reconstrução da Europa Central e Ocidental.
Estaline contra-atacou com a instalação de governos comunistas por toda a Europa de Leste. Em 1948 (1948-1949) a crise de relacionamento atingiu níveis preocupantes quando o dirigente soviético resolveu também bloquear os sectores ocidentais de Berlim, salvos com a ajuda Ocidental através de uma ponte aérea que ficou célebre. A partir de então, a rivalidade assumiu-se claramente ao nível militar. Em 1949 as potências ocidentais uniram-se para formar a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN/ NATO).Surgiram também outras alianças um pouco por toda a parte: OEA (Organização dos Estados Unidos); ANZUS (Austrália, Nova - Zelândia e EUA); OTASE (Organização do Tratado Central).
As tensões intensificaram-se em 1949, quando os soviéticos ensaiaram a primeira bomba atómica; paralelamente, os maoístas comunistas tomaram a China.
Noentanto, estes dois países assinaram uma aliança estratégica em 1950.
Como resposta à criação da NATO, a URSS criou o Pacto de Varsóvia que reforçou os laços entre as democracias populares. O clima da Guerra Fria espalhou-se por todo o mundo.
Em 1985 as duas grandes potências retomam o diálogo e a via da concertação.

Fiquem bem ;)

Miguel Ângelo
10

;D

Anônimo disse...

Finalizada a II Guerra Mundial, A Europa arruinada e sem colónias, deixou de ser a maior potência a nível mundial. Face a isto, o papel de potência, foi assumido por dois novos países, os E.U.A e a URSS, que se confrontaram e competiram, levando ao surgimento de uma Guerra Fria iniciada em 1946/47. Este conflito deu-se nomeadamente por causa de uma disputa económica e diplomática. Contudo, por incrível que pareça a Guerra Fria assegurou a Paz durante cerca de 50 anos. No inicio da Guerra Fria, os E.U.A contribuíram com o Plano Marshall para a recuperação económica, sendo este facto, uma forma de travar a influência soviética, face a isto, os dirigentes soviéticos como forma de resposta resolveram bloquear os sectores Ocidentais de Berlim. Desde então, a rivalidade a nível militar assumiu-se claramente.
Em 1949, as duas superpotências uniram-se para criar a Organização de Tratado Atlântico (NATO). Neste mesmo ano, a União Soviética ensaiou a primeira bomba atómica, surgindo a Guerra entre a Coreia do Sul apoiada pelos E.U.A e a Coreia do norte defendia pela URSS. Estes dois países assumiram uma aliança estratégica em 1950, levando à assinatura do Pacto de Varsóvia (1955-aliança militar que previa uma resposta a qualquer tipo de agressão), esta foi uma organização idêntica à NATO.
Contudo, durante mais algum tempo verificaram-se ainda mais alguns conflitos como, o Bloqueio de Berlim, a Guerra da Indochina, os Mísseis de Cuba e a criação por parte da URSS do Muro de Berlim, verificaram-se também alguns ataques “falhados”. Só em 1970 se conseguiram abrandar as tensões, com sucessivos encontros diplomáticos entre altos responsáveis.
O sistema bipolar da Guerra Fria, tinha assim terminado definitivamente com as reformas políticas e económicas levadas a cabo pela União Soviética.

Joana 12ºD

Anônimo disse...

A guerra fria foi um conflito teórico que ocorreu pouco depois da Segunda Guerra Mundial, entre os Estados Unidos e a União Soviética. Este conflito iniciou-se quando as duas potências tentaram influenciar outros países acerca de seus sistemas políticos, económicos e militares. A União Soviética buscava implantar o socialismo noutros países para que pudessem expandir a igualdade social, enquanto os Estados Unidos tentavam influenciar outros países com o sistema capitalista que se baseava na democracia e na economia de mercado.
Depois de 1945, o contraste entre o capitalismo e socialismo era predominante entre a política, ideologia e sistemas militares. Apesar da rivalidade e tentativa de influenciar outros países, os Estados Unidos não entrou em conflito com a União Soviética (e vice-versa) com armamentos, pois os dois países tinham em posse grande quantidade de armamento nuclear, o que serviria para arrasar todos os seres viventes.
Para reforçar o capitalismo, o presidente dos Estados Unidos, Harry Truman, lança o Plano Marshal, que era um oferecimento de empréstimos com juros baixos e investimentos para que os países arrasados na Segunda Guerra Mundial pudessem recuperar-se economicamente. A partir deste oferecimento a União Soviética criou, em 1949, o Comecon, que era uma espécie de contestação ao Plano Marshall que impedia os aliados socialistas de se interessarem ao favorecimento proposto pelo então inimigo político.
A Alemanha por sua vez, aderiu ao Plano Marshall para se restabelecer, o que fez com que a União Soviética bloqueasse todas as rotas terrestres que davam acesso a Berlim. Desta forma, a Alemanha, apoiada pelos Estados Unidos, abastecia sua parte de Berlim por vias aéreas provocando maior insatisfação soviética e provocando a divisão da Alemanha em Alemanha Oriental e Alemanha Ocidental.
Em 1949, os Estados Unidos juntamente com os seus aliados criam a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) que tinha como objectivo manter alianças militares para que estes pudessem proteger-se em casos de ataque. Em contra partida, a União Soviética assina com os seus aliados o Pacto de Varsóvia que também tinha como objetivo a união das forças militares de toda a Europa Oriental.
Entre os aliados da Otan pode-se destacar: Estados Unidos, Canadá, Grécia, Bélgica, Itália, França, Alemanha Ocidental, Holanda, Áustria, Dinamarca, Inglaterra, Suécia, Espanha. E entre os aliados do Pacto de Varsóvia destacam-se: União Soviética, Polónia, Cuba, Alemanha Oriental, China, Coréia do Norte, Jugoslávia, Tchecoslováquia, Albânia, Roménia.
Ainda no ano de 1949, iniciam-se conflitos na Coréia que ameaçou dar início a uma nova guerra armada. Este conflito foi originado a partir dos conflitos idealistas e políticos entre os coreanos capitalistas e socialistas. Com a possibilidade de eclodir uma nova guerra armada e pesada, foi estabelecido, em 27 de julho de 1953, um acordo de paz entre os países, o que posteriormente provocaria o restabelecimento da paz entre Estados Unidos e União Soviética. Esta aproximação marca um período de rara agressividade e de desarmamentos nucleares que oficialmente se firmou em 1987.
O fim da guerra fria termina em 1989 com a queda do muro de Berlim e com a assinatura de um tratado entre a França, Inglaterra, EUA e URSS que tinha como objectivo a unificação da Alemanha.



Abílio Vieira 12ºE

Anônimo disse...

Apesar da Guerra Fria nunca se ter materializado, adoptou contornos semelhantes a outra qualquer guerra, com os conflitos e as alianças que estas implicam naturalmente.
A divisão do mundo em dois blocos de influência distintos, pautou-se, na facção ocidental (com os EUA na linha da frente), pela OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), fundamentalmente, apesar do vasto leque de alianças multilaterais também ter integrado a América, com a OEA, a Oceânia, com a ANZUS, o Sudoeste Asiático, com a OTASE, e o Médio Oriente, com o CENTO. No bloco oriental, destacou-se o Pacto de Varsóvia, tendo também o apoio de Cuba, na América, e a China e a Coreia no Norte da Ásia.
De salientar que, apesar das duas superpotências nunca terem entrado em conflito directo devido ao receio mútuo de uma guerra nuclear, como refere o documento, o bloco capitalista contava com 3/4 do Mundo.
No fundo, podemos afirmar que a Guerra Fria teve a sua génese no Bloqueio de Berlim, embora as tensões internacionais já se fizessem sentir há mais tempo. Não obstante, foi nesta altura que se iniciaram outros conflitos entre as duas partes, que assim tomavam partido de acordo com os respectivos interesses.
Foi o caso da Guerra da Coreia, com os EUA tomando parte pela República Democrática da Coreia do Sul, e a URSS pela República Popular da Coreia do Norte.
Em 1962, novo choque entre as duas superpotências deflagrou, quando os soviéticos colocaram mísseis em Cuba. Segundo o documento, "O presidente americano John F. Kennedy ameaçou retaliar, e o conflito só foi sanado depois do compromisso dos comunistas retirarem o arsenal nuclear se os americanos não atacassem Cuba.".
Nos tempos que se seguiram, os EUA envolvem-se na Guerra no Vietname, que se revela catastrófica, e a URSS sofre um forte abalo com a Primavera de Praga e a quebra de relações com a China.
Quando as duas superpotências chegam a acordo quanto à coexistência pacífica, a URSS invade o Afeganistão, o que redunda na designada "Guerra das Estrelas", ou seja, novamente a luta anticomunista. De novo a corrida ao armamento, e os gastos excessivos.
A Guerra Fria tem o seu culminar com a reunificação da Alemanha, posta em Tratado pelas 4 potências vencedoras da Segunda Guerra Mundial, a França, a Inglaterra, os EUA e a URSS, que presta o seu apoio na Guerra do Golfo.

Anônimo disse...

No contexto da rivalidade e desconfiança que caracterizou a guerra fria, as duas pote^ncias que tinham a hegemonia sobre o mundo - os EUA e a URSS - desencadearam uma corrida aos armamentos e procuraram estender a sua influência ao maior número possível de países.
Uma vez anunciada a doutrina de Truman, os EUA empenharam-se por todos os meios na contenção do Comunismo.
Em termos políticos-militares a aliança entre os ocidentais não tardou a oficializar-se. A tensão provocada pelo bloqueio de Berlim acelerou as negociações que condeuziram, em 1949, ao Tratado do Atlântico Norte, assinado entre os Eua, o Canadá e dez nações europeias. A operacionalização deste tratado deu origem à organização do Tratado do Atlântico Norte - OTAN, talvez a mais importante organização militar do pós-guerra, que se tornou num símbolo do bloco ocidental.
O Tratado prevê, em caso de ataque de alguma das partes envolvidas, o uso da força.
Os EUA realizaram alianças semelhantes para outras regiões do mundo conseguindo, assim, controlar três quartos do mundo, no final dos anos 50.
A criação de alianças por parte dos EUA destinava-se a reunir apoios para a eventualidade de um conflito armado.
A URSS responderia da mesma forma, nomeadamente criando o Pacto de Varsóvia para a defesa militar do seu bloco.

Didier,
#19 Sport Lisboa e Nelas xD

Anônimo disse...

Parabenx Siii!
Prof. com maix extaleca da excola!
Abraxo*

Anônimo disse...

Dr., ontem nao pude vir à internet, mas nao me esqueci... Muitos parabens e um grande beijinho de felicidades!

Inês Gama.

Anônimo disse...

Parabéns atrasados para o professor quarentão mais sexy da ESFA =D

Carolina Albuquerque*

Anônimo disse...

Havendo já bastante informaçao sobre esta temática, irei referir, apenas, os pontos essenciais que estao explicados no texto proposto, baseando-me, assim, num esquema-síntese.

---> Rivalidade e desconfiança: duas potências hegemónicas - EUA e URSS
---> corrida de armamentos; o seu propósito seria espalhar, a uma maior quantidade de regiões, as suas ideologias.
---> criação de alianças: destinavam-se a reunir apoios para um eventual conflito armado.
---> 1949: Tratado do Atlântico Norte, com o qual é criada a NATO - organizaçao armada (EUA).
---> Pacto de Varsóvia, para a defesa militar da URSS.
---> estas alianças pretendiam, deste modo, manter a segurança de umas dadas regiões; caso houvesse algum tipo de conflito, deveria haver o dito "emprego da força".


Carolina Albuquerque

Anônimo disse...

Numa conversa entre os astronautas e a NASA, durante a Guerra Fria:

- ALÔ! NASA! os russos estao a pintar a lua de vermelho!
- Nao faz mal, escrevam lá coca-cola!



(foi a unica qe arranjei sobre a materia LOL)

Carolina Albuqerqe