quinta-feira, 8 de novembro de 2007

O OURO BRASILEIRO


Através da abordagem do documento, avalia sucintamente a dependência económica portuguesa face à Inglaterra.

6 comentários:

Anônimo disse...

Joana Vaz Nº7 11ºD

“À medida que a crise comercial se desvanecia, Portugal via-se novamente em situação de poder adquirir, no estrangeiro, os produtos industriais necessários ao consumo interno. Para mais, a liquidez proporcionada pelo ouro brasileiro permitia redobradas facilidades de pagamento.”
Portugal encontrava-se numa situação económica favorável, por isso com vista a aumentar as exportações de vinho para Inglaterra e importar lanifícios ingleses de maior qualidade do que os portugueses, assinou o Tratado de Methuen, onde os tecidos de lã inglesa e outras manufacturas seriam admitidos em Portugal, anulando as leis pragmáticas que os proibiam. Em troca, os vinhos portugueses entrariam na Inglaterra.
O Tratado acelerou na verdade processos em curso. Desde o século XVII que os portugueses pagavam e bens económicos o apoio da Inglaterra, assim os ingleses encontravam-se privilegiados, apropriando-se assim da maior fatia do tráfico português.
O Tratado de Methuen estimulou então o crescimento das exportações dos nossos vinhos que, ficaram para sempre no gosto dos ingleses, originando assim uma dependência neste factor: em 1777 o mercado britânico representava a maior parte das exportações vinícolas, como nos mostra o documento.
Este défice, foi o maior caudal por onde se esvaziou a riqueza vinda do Brasil. Calcula-se que, por esta via, cerca de três quartos de todo o ouro recebido tinha ido para às mãos dos ingleses, como mostra o documento.
Assim, Portugal nadando em ouro viu-se pobre...

Anônimo disse...

Portugal, no século XVII vivia uma crise comercial grave, devido, principalmente, á concorrência comercial de países como a Holanda, Inglaterra e França, ás politicas mercantilistas em vigor na Europa, sobretudo, a politica proteccionista de Colbert, e á concorrência no mercado asiático. Portugal combate esta crise, com D. Luís de Meneses como figura principal da extinção da crise comercial, ao introduzir as manufacturas em Portugal, reduzindo assim as importações de produtos estrangeiros. Também, com intuito de resolver a crise comercial, são promulgadas as leis pragmáticas, que proíbem o uso de produtos de luxo de outros países, desvaloriza-se a moeda, para os produtos portugueses serem mais baratos e consequentemente, mais procurados por países estrangeiros e a descoberta de ouro e diamantes no Brasil, que veio encher os cofres portugueses. Assim, Portugal ultrapassa a crise comercial que vivia. Esta situação comercial favorável, levou a que se deixassem as medidas do Conde da Ericeira, pois Portugal encontrava-se, agora, na posição de poder adquirir melhores produtos do que os fabricados em Portugal, pois o ouro brasileiro facilitava o pagamento desses produtos. Em 1703, a politica do Conde da Ericeira recebe mais um golpe, o Tratado de Methuen, assinado entre Portugal e Inglaterra. Neste tratado, estava previsto que Portugal passaria a importar os lanifícios ingleses e Inglaterra os vinhos portugueses. Mas nem tudo correu como previsto, passando Portugal a importar mais do que exportava para Inglaterra, ficando assim em défice comercial com a Inglaterra. Portugal efectuava os pagamentos das importações com o ouro brasileiro, que chegava a Portugal em grandes quantidades, mas a partir do momento, em que Portugal ficou em défice comercial com a Inglaterra, o ouro passou a para mãos inglesas, ficando estes com três quartos de todo o ouro. No século XVIII, o ouro brasileiro começava a escassear, ficando Portugal, mais uma vez, numa crise comercial. D. José sobe ao poder e, consciente da dependência portuguesa em relação as importações inglesas, nomeia Marquês de Pombal ministro, e este põe em prática máximas mercantilistas, protegendo o sistema comercial português, revalorizando o sector manufactureiro, e criando a Junta do Comércio, e companhias monopolistas. Assim, a partir de meados do século XVIII, as importações inglesas diminuem, tendo Portugal vivido, até inícios do século XIX, a melhor época comercial de sempre.

Andreia Fernandes

Anônimo disse...

Luisa nº 9

Com o afastamento da crise comercial, Portugal ficou novamente propicio às trocas comerciais com produtos estrangeiros.
O insucesso do cumprimento das leis pragmáticas e a fraca qualidade dos produtos levou a que a politica imposta pelo Conde da Ericeira fosse “abolida”.
Em 1703, Portugal e a Inglaterra assinam o Tratado de Methuen. Segundo este tratado, a Inglaterra comprava os vinhos portugueses com vantagem competitiva em relação aos vinhos franceses enquanto Portugal comprava lanifícios ingleses sem quaisquer restrições. Apesar deste tratado estimular o crescimento das exportações dos vinhos portugueses, este foi muito prejudicial. Gerou uma situação de dependência de Portugal em relação à Inglaterra, que não só contribuía para o abandono das manufacturas de panos em Portugal, como conduzia ao escoamento do ouro brasileiro para pagar as importações aos ingleses.
É neste contexto que os gráficos acima apresentados aqui se integram. Como se pode verificar, no primeiro gráfico as toneladas de remessas de ouro aumentam significativamente nas primeiras remessas, diminuindo depois vagarosamente. Este abatimento está inteiramente relacionado com as importações da Inglaterra. Tendo em conta o gráfico referente às importações da Inglaterra os ingleses ganharam uma forte dependência pelos vinhos portugueses. Estes começaram a importar cada vez mais, levando Portugal à decadência. Ainda neste mesmo gráfico verifica-se que entre 1755 (aproximadamente) e 1765 há uma enorme quebra das importações, visto que durante esses anos as remessas de ouro do Brasil foram diminutas.
“Portugal, nadando em ouro, viu-se pobre”, esta frase proferida por José Acúrcio das Neves (economista português), justifica inteiramente a consequência das abusadas exportações de Portugal para Inglaterra: a crise económica.

DZ disse...

O aumento da concorrência por parte dos habituais compradores holandeses, franceses e ingleses, provocada pela auto-satisfação em produtos coloniais nas suas possessões e pelas políticas mercantilistas de restrição de importações, criaram dificuldades de escoamento dos produtos portugueses.
Em consequência, entre 1669 e 1692, os preços baixaram, as receitas diminuíram e ,com a redução dos meios de pagamento de importações, a balança comercial portuguesa, já em situação difícil, viu-se seriamente agravada: crise comercial.
Face a esta crise, Duarte Ribeiro de Macedo, inspirado em Colbert. propôs a criação e o desenvolvimento das manufacturas em Portugal como meio de ultrapassar o défice da balnaça comercial. Introduziram-se as seguintes medidas:

-contratação de artesãos especializados estrangeiros;

-criação de manufacturas de vidros, têxteis e ferros;

-concessão de apoios financeiros e facilidades às manufacturas instaladas;

-publicação de "pragmáticas" proibindo o uso de determinados produtos estrangeiros;

-regulamentação da produção;

-fundação de companhias de comércio como a Companhia do Maranhão para o comércio brasileiro.

A partir de 1692, a crise comercial parecia quase ultrapassada. Simultaneamente, foram descobertas importantes jazidas de ouro e diamantes no Brasil devido à acção dos bandeirantes, que permitiram dispor de abundantes meios de pagamento e cobrir o défice da balança comercial.
Em 1703, no contexto da Guerra de Sucessão de Espanha, foi assinado entre Portugal e Inglaterra o Tratado de Methuen através do qual os tecidos ingleses seriam admitidos sem taxas alfandegárias em Portugal, enquanto a Inglaterra receberia os vinhos portugueses em condições mais favoráveis que os franceses.
Este tratado permitiu o crescimento assinalável da exportção de vinhos portugueses (especialmente o do Porto) para Inglaterra ao longo do século XVIII. POr outro lado, significou a destruição débil da indústria portugesa, incapaz de concorrer com a qualidade e os preços baixos dos têxteis britânicos. Notava-se ,desde entao, uma diferença crescentemente negativa entre o valor das exportações do vinho e o das importções de têxteis ingleses, fez com o défice crescente fosse coberto com ouro brasileiro, que desta forma se viu drenado em grandes quantidades para a Inglaterra (cerca de três quartos).

Anônimo disse...

Fausto Rafael Correia 11ºD

A dependência económica portuguesa em relação à Inglaterra manifesta-se pelo abandono votado à política de fomento e desenvolvimento manufactureiro, mercê de outra orientação da política governamental - o desenvolvimento da vitivinicultura, da descoberta de minas de ouro no interior brasileiro (1693-95) e da celebração do Tratado de Methuen (1703). A economia portuguesa estaria dependente novamente dos interesses da Inglaterra, já que o contexto de rivalidade comercial marítima entre a Inglaterra e França avivava o interesse de Inglaterra por Portugal, seu tradicional aliado, principalmente depois da descoberta do ouro brasileiro.
O Tratado de Methuen seria responsabilizado pela destruição da indústria portuguesa, pela formalização crescente procura dos vinhos portugueses na Inglaterra, cujo mercado absorvia cerca de 94% das nossas exportações vinícolas, e abertura do mercado português às manufacturas inglesas, com acentuado desequilíbrio da balança comercial nacional, cujo défice seria pago com o ouro brasileiro, como se pode verificar no Documento.

Anônimo disse...

Suporte do esplendor que durou o reinado de D. João V, o ouro brasileiro não se revelou um incentivo ao desenvolvimento económico.
À medida que a crise se desvanecia, Portugal via-se novamente em situação de poder a adquirir no estrangeiro, os produtos industriais necessários ao consumo interno. Para mais, a liquidez proporcionada pelo ouro brasileiro, permitia redobradas facilidades de pagamentos.
Neste contexto, o país encontra, de novo, a sua vocação mercantil e o esforço industrializadior esmorece. A incapacidade de fazer cumprir as pragmáticas, bem como a fraca qualidade dos produtos fabricados, concorreu, também, para o abandono da política encetada do Conde de Ericeira.
Em 1703, esta política recebe mais um rude golpe: a assinatura, entre Portugal e Inglaterra, no Tratado de Methuen.
Nos termos deste acordo, os tecidos de lã ingleses e outras manufacturas, seriam admitidos, sem restrições, em Portugal, anulando, assim, a lei das pragmáticas que os proibiam. Em troca, os vinhos portugueses entrariam em Inglaterra pagando apenas dois terços dos direitos exigidos aos vinhos franceses.
O Tratado de Methuen estimulou o crescimento das exportações dos nossos vinhos, mas originou uma dependÊncia alarmante neste sector: em 1777 o mercado britânico representava 94% das nossas exportações vinícolas.
Simultaneamente, o défice comercial com Inglaterra atingia cifras alarmantes.
Este défice foi o maior caudal por onde se esvaiou a riqueza vinda do Brasil. Calcula-se que, por esta via, cerca de três quartos de todo o ouro recebido tenha ido parar às mãos dos ingleses.