quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

GUERRA FRIA

O TEMPO DA GUERRA FRIA – A CONSOLIDAÇÃO DE UM MUNDO BIPOLAR

“Guerra Fria” é a expressão que se atribui ao clima de tensão político-ideológico que no final da Segunda Guerra Mundial se instalou entre as duas superpotências (EUA e URSS), e que se estende até ao final da década de 80. No entanto, nunca houve um conflito directo, caracterizando-se apenas pela corrida aos armamentos, ameaças e movimentos de espionagem, conflitos locais, etc. Era uma “guerra de nervos”, sustentada pelo antagonismo de duas concepções diferentes de organização política (EUA – Liberalismo/Capitalismo; URSS – Socialismo/Comunismo).
Assim, no tempo da Guerra Fria, assistiu-se á consolidação de um mundo bipolar. De um lado, um bloco liderado pelos EUA, politicamente adepto da democracia liberal, pluripartidária e economicamente defensor do modelo capitalista (assente na livre iniciativa e na livre concorrência). Do outro lado, o bloco liderado pela URSS, defensora do regime socialista, cujo modelo económico assentava nos princípios da colectivização e planificação estatal da economia.

O mundo capitalista

Política de alianças
O acentuar das tensões políticas conduziu á formação de alianças militares que simbolizaram o antagonismo militar, ou seja, os EUA e a URSS procuraram estender a sua influência ao maior número possível de países. Criou-se a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), liderado pelos EUA (sendo o objectivo principal a segurança colectiva, isto é, ter a capacidade de resposta perante a um ataque armado) e, em resposta, foi constituído o Pacto de Varsóvia, liderado pela URSS, para a defesa militar do seu bloco.

A prosperidade económica e a sociedade de consumo

No decorrer de 25/30 anos após a guerra, os países europeus recuperaram e viveram uma excepcional recuperação económica (a produção industrial cresceu, houve uma revolução nos transportes, cresceu o numero de empresas, a agricultura modernizou-se, o sector terciário expandiu-se, etc.). Este desenvolvimento económico fez nascer a sociedade de consumo, isto é, as populações são incitadas a comprar um número crescente de bens que ultrapassam a satisfação das necessidades básicas (lar materialmente confortável, bem equipado com electrodomésticos, rádio, TV, telefone, automóveis, etc.), tudo isto possível devido ao pleno emprego e bons salários (resultados da recuperação económica). A forma que se arranjou para estimular o consumo, foi através da publicidade.

A afirmação do Estado-Providência

A Grande Depressão já tinha demonstrado a importância de um Estado económica e socialmente interventivo. O Estado torna-se, por esta via, o principal agente económico do país, o que lhe permite exercer a sua função reguladora da economia. O país pioneiro do Welfware State, isto é, o Estado do bem-estar (Estado Providência), foi o Reino Unido, onde cada cidadão tem asseguradas as suas necessidades básicas. Ao Estado caberá a tarefa de corrigir as desigualdades, daí o seu intervencionismo. As medidas principais do EP foram a nacionalização da economia e o garantir de reformas que abrangesse situações como maternidade, velhice, doenças. Este conjunto de medidas visa um duplo objectivo: por um lado reduz a miséria e o mal-estar social; por outro, assegura uma certa estabilidade á economia. O Estado-Providência foi um factor da prosperidade económica.

O mundo comunista

O expansionismo soviético
Após a 2ª Guerra, a URSS foi responsável pela implantação de regimes comunistas, inspirados no modelo soviético, por todo o mundo, ou seja, estendeu a sua influência à Europa, Ásia e África. Os países europeus que aderiram ao modelo soviético foram a Bulgária, Albânia, Roménia e Polónia. Estes novos países socialistas receberam a designação de democracias populares (designação atribuída aos regimes em que o Partido Comunista, afirmando representar os interesses dos trabalhadores, se impõem como Partido Único, controlando as instituições do Estado). Como resposta à OTAN, a URSS cria o Pacto de Varsóvia, com objectivos idênticos: a assistência mútua entre os países membros. Os países asiáticos que sofreram influência soviética foram a Mongólia, China e Coreia. O ponto fulcral da expansão comunista na América Latina foi Cuba, onde um punhado de revolucionários sob o comando de Fidel Castro e do Che Guevara derrubaram o governo apoiado pelos EUA.

Opções e realizações da economia de direcção central

No final da 2ª guerra, a economia soviética estava arrasada. Para afirmar o seu papel de superpotência, obtido com a vitória, havia que recuperar e rapidamente. Para tal, foi recuperada a planificação económica, onde foi dado prioridade à indústria pesada. Assim, a URSS e os países de modelo soviético registaram um crescimento industrial tão significativo que ascenderam à segunda posição da indústria mundial. No entanto, o nível de vida das populações não acompanhou esta evolução económica (faltavam bens de consumo, os horários de trabalho são excessivos, os salários são baixos, as populações amontoam-se em bairros periféricos, etc.) No entanto, as economias de direcção central (dirigidas pelo Estado) evidenciavam as suas debilidades: à a prioridade concedida à indústria levou à falta de investimento em outros sectores; à a planificação económica, o “jogar pelo seguro”, reduzia certos factores importantes, como o risco no investimento, o que revelou ser um entrave ao progresso. Destes bloqueios económicos resultou a estagnação da economia soviética. Apesar de inúmeras tentativas de a ultrapassar, estes bloqueios acabarão por conduzir à falência dos regimes comunistas europeus, no fim dos anos 80. A extinção da União Soviética deu-se a 1991.

6 comentários:

Anônimo disse...

Boa noite, professor

Encontrei um site na internet que penso estar muito esclarecedor e pertinente para a matéria que estamos a dar e achei por bem deixá-lo para que possam ver.

C:\Users\utilizador\Documents\12ºano\História A\O Plano Marshall — Recuperação ou Guerra.mht

Tem a ver com o Plano Marshall e o Plano Molotov.

Vanessa Soeiro

Anônimo disse...

http://www.marxists.org/portugues/tematica/rev_prob/13/marshall.htm

É este o site a que me refiro peço desculpa.

Vanessa Soeiro

Anônimo disse...

venho aqui relembrar o dia 24 de janeiro de 2008, em qe tivemos uma aula diferente com um bolo de anos e com uma bicicleta de choclate em cima dele! qe saudades!
parabéns, mais uma vez, já que lhe deixei um comentário no hi5!

Carolina Albuquerque*

Clara disse...

PARABENS!!!!

Anônimo disse...

Oh Carol, foi em 2008 ou em 2007? Acho que foi mais no 10ºano, que depois o senhor professor ficou demasiado rabugento e nós nunca mais lhe oferecemos nada!

Pronto, de qualquer maneira venho aqui desejar parabéns e felicita-lo porque a reforma está cada vez mais próxima! eheh

Passe um bom dia e prepare-se, porque algo me diz que nos veremos brevemente.

Mais uma vez, parabéns!

Pulga

Anônimo disse...

pois, exacto...foi em 2007! a partir daí, ou seja, passados os 40 aninhos, a andropausa atacou...ahah

qualquer dia também apareço na ESFA...lá para o dia oito de fevereiro, se as notas assim o permitirem...
*** Loira