domingo, 7 de novembro de 2010

O MODELO ROMANO

Séc I ac. / I d.c -
Corresponde ao período de esplendor do Império Romano e coincide com o período de governo de Ocávio César Augusto, o primeiro imperador que marcou de tal modo a sua época que, logo à sua morte, o Senado de Roma apelidou o seu tempo de vida como o “século de Augusto” ( entre 40 a 38 aC., o Senado atribuiu o título de Imperador, com a designação de Octávio ) . Dotado de um sentido político, Octávio chegou ao primeiro plano do Estado por delegação do povo romano , dentro da ordem republicana e possui, de facto, uma autoridade pessoal, absoluta e de carácter quase divino, já que a aura de prestígio que o acompanhou originou o culto imperial, factor de propaganda e coesão politico em todo o vasto império romano. (recebeu em 12 a C. o título de Pontfex Maximus – Sumo Pontífice). A sua acção, no plano Militar, contribui para um período de tempo em que se assistiu ao restabelecimento da ordem e da paz. No plano Político, o imperador reforçou os seus poderes e reduziu os poderes do Senado e empreendeu a reforma do aparelho administrativo central e provincial. Outros poderes, em 27 ac., o Senado concedeu-lhe o título de augustus pelo qual podia nomear os senadores e em 23 aC., o poder tribúnicio pelo qual podia convocar os Comícios e o Senado e vetar as leis e outras decisões destes órgãos, em todo o Império. No plano Social, procurou eliminar as lutas sociais, fomentando a igualdade de todos perante a lei ainda que a nível teórico, uma vez que na prática ao criar o censo, imposto pago, criou condições para criar uma sociedade fortemente hierarquizada a partir da cúpula onde se encontrava com os seus familiares. A Cultura, o imperador formado na tradição helenística revelou-se amante das artes e das letras, protegendo os artistas e outros agentes culturais para além do patrocínio as numerosas obras públicas e neste contexto não podemos esquecer as bibliotecas, escolas, teatros, etc Restabeleceu a religião tradicional, ligando-a ao culto imperial, cabendo-lhe a partir de então a capacidade de interpretar a vontade dos deuses.

Roma – Segundo uma antiga lenda romana, a origem de Roma relaciona-se com o herói mítico da Guerra de Tróia - Eneias. Fugido de Tróia após a destruição que os aqueus aí provocaram. Eneias terá aportado a região de Roma e terá casado com a filha do rei do Lácio. Um dos seus filhos Albalonga, terá tido dois filhos Rómulo fundadores de Roma e Remo que segundo a tradição terão sido alimentados por uma loba (pag.111-fig.7.). A sua fundação data do séc.VIII a.C., quando os Latinos do Monte Palatino se uniram aos Sabinos do Monte Quirinal. Desde então até ao séc.IV aC., o crescimento da cidade acompanhou o crescimento político e económico do seu povo e a prodigiosa construção do colosso que foi o seu império, do qual Roma se tornou o seu centro, pela posição central ocupou uma posição de domínio sobre o Mediterrâneo ( Mare Nostrum). Como capital do império os seus governantes preocuparam-se com a qualidade de vida da cidade e do seu espaço físico, rasgando vias e praças, aquedutos para o abastecimento público, estabelecendo regras construtivas para os edifícios civis e públicos e embelezando-as com monumentos e peças estatuárias que lhe dessem a importância e o fausto necessários ao poder e ao domínio que a cidade exercia. Características gerais de Roma na Antiguidade Clássica:
- Vasto império, um dos maiores de todos os tempos pelo menos até ao século IV d.c.
- Poder autocrático, centralizado e divino dos imperadores.
- Meticulosa e disciplinada organização das legiões que conquistaram o mundo.
- O ecletismo da sua cultura, de matriz helenística, associada a una síntese original de influências múltiplas.
- O mundanismo das suas elites sociais, em contraste com o esclavagismo e as duras condições de vida da plebe.
- Superioridade da sua civilização material – capacidade construtiva. (aquedutos, pontes ,arcos, templos, etc).

Senado - Durante a República foi o órgão fulcral da vida política romana. Os senadores, eram representados pelas mais ilustres famílias romanas, começaram por ser em n úmero de 300, mas Sila duplicou este número e Júlio César duplicou este número e Júlio César triplicou-o. Inicialmente com funções consultivas , o Senado foi ganhando para si um espaço cada vez mais amplo na política romana, passando a dominar em todos os assuntos da vida pública com carácter deliberativo e normativo. Cabia-lhe, como funções ordinária , a política externa, as decisões de guerra e paz, a gestão das festas religiosas, a administração das finanças e a tomada de medidas relativas à ordem pública. Como funções extraordinárias, podia ainda declarar o estado de sítio, suspender os tribunais, intervir no governo das províncias e na gestão do exército, preparar as leis que os comícios deviam voar, entre outras.

O Latim - O Latim língua de origem indo-europeia, falada pela primeira vez, na Itália Central e meridional, a partir de 1700 aC., foi marcado por influências de outros falares mediterrânicos ( dos seus vizinhos etruscos, que adoptaram o latim quando da sua fixação na Península itálica), do gaulês, do dialecto cartaginês e sobretudo do grego, largamente falado na Magna Grécia desde o século V II a.C., pelo menos. Os primeiros documentos em estado precário datam do séc. V ac., as primeiras obras incompletas do séc. III ac e as primeiras completas do séc. II aC. Contudo o seu apogeu manifesta-se a partir do séc. I no tempo de Júlio César e de Cícero. A partir de então o Latim, torna-se na língua oficial de Roma e de todo o Império Romano, sendo então elemento de coesão e de referência nas obras literárias de Cícero, Virgílio, Horácio ou Tito Lívio entre outros. A sua aplicação manifestou-se no âmbito da Poesia, do Direito, Retórica e Filosofia.

Termas romanas


O ócio – O século de Augusto trouxe paz e prosperidade económica proporcionada pelas conquistas e pelo bom governo, possibilitando aos romanos o usufruto do ócio. Dos povos que influenciaram os romanos, destacam-se os Gregos que de quem copiaram a língua grega, falada e escrita, passou a ser praticada entre as elites cultas como uma segunda língua - mãe: os hábitos de luxo instalaram-se nos lares, o interesse pela filosofia, pela música e pelas artes dominaram os meios intelectuais. Entre os ricos, o luxo invadiu as residências, os banquetes e os salões privados eram frequentes e a ida às termas um hábito indispensável e cada vez praticado como ritual social. Como divertimentos públicos popularizaram –se os jogos: o Grande Circo eram corridas de cavalos, para seleccionar o melhor animal, cujo vencedor era sacrificado solenemente para purificação do solo. As Grandes Procissões que se tratavam de representações teatrais, na via pública, tratando-se de uma espécie de mascarada que tinha como objectivo a prestação do culto aos deuses que para tal eram retirados dos seus templos. Os combates entre Gladiadores, que tinham como cenário os anfiteatros, nos quais os combatentes entre condenados à morte, prisioneiros ou escravos revoltados, cujo sacrifício humano era oferecido aos deuses. Os combates entre feras, referenciados para II aC. , entre animais e entre animais e homens desde o tempo do Imperador Nero, que se tornaram uma prática corrente. A violência e o carácter sanguinário destes jogos, funcionavam como uma forma de canalizar o descontentamento da plebe urbana, apesar da crítica das classes mais cultas as mais ricas preferiam o conforto das suas villas campestres onde o gosto pela arte, pela leitura, filosofia e literatura ocupava os seus tempos de lazer.

* Refere os espaços utilizados pelos romanos nos tempos de ócio.

4 comentários:

Márcia Gomes (E) disse...

Os romanos eram cidadãos muito pragmáticos e os ricos tinham residências muito luxuosas organizavam banquetes e iam às termas frequentemente, faziam muitos jogos, visitavam corridas de cavalos. Faziam-se Grandes Procissões que eram representações teatrais na via pública, praticando o culto aos deuses que eram retirados dos seus templos. Iam ver combates de gladiadores que se praticavam nos anfiteatros, onde os combatentes sacrificavam-se pelos seus deuses, eram condenados à morte. A violência e o carácter sanguinário destes jogos, eram criticados pelas classes mais cultas/altas que preferiam o conforto tinham especialmente gosto pela arte, pela leitura, filosofia e literatura onde ocupavam os seus tempos livres.

Anônimo disse...

será que podia, eventualmente, postar um teste sobre este modelo romano?
Obrigada!

Anônimo disse...

não ligue ao meu comentário aí em baixo. Ainda não tinha visto o teste acima postado. Bem, vai dar-me um jeitaço para o meu teste esta semana :)
mais uma vez, não ligue ao outro comentário e continue com o blog!!

Anônimo disse...

LINDO!!!!