quinta-feira, 30 de outubro de 2008

A GRANDE DEPRESSÃO

Com o fim da I Guerra Mundial, a Europa entra num período de reconstrução, que se salda num aumento da procura dos bens de equipamento e de matérias-primas. No entanto, em 1920, inicia-se uma crise económica nos países industrializados, que atinge o seu ponto mais grave em 1921. A procura baixa, os stocks acumulam-se, os preços baixam, bem como a produção. Assistem-se a falências, a baixas de salários e ao desemprego. A Europa é atingida, pois dependia do crédito americano. A recuperação desta crise é feita através do surgimento de inovações tecnológicas, pela utilização de métodos de racionalização do trabalho, pela concentração das empresas e pelo incremento das operações bolsistas. Em 1925, é alcançada a estabilização monetária e são atingidos os níveis de produção anteriores à guerra.
Entre 1925 e 1929, vive-se uma era de prosperidade, “os loucos anos 20”, e a Europa e os EUA assistem a um boom industrial.

A prosperidade assentava em bases pouco sólidas, que depressa vão conduzir à sua derrocada. O recurso ao crédito, a saturação dos mercados, as dificuldades nas indústrias do aço e dos automóveis e a especulação na bolsa vão conduzir à grande depressão, que nasce com o crash da bolsa de Nova Iorque em Outubro de 1929. Os bancos vão à falência, o desemprego aumenta, os preços descem, as empresas fecham, agricultores vão à ruína, os produtores destroem milhões de toneladas de alimentos (tentando evitar que os preços baixassem), pequenos e médios industriais perdem tudo o que tinham, classes médias e reformados ficam arruinados, o operariado vai para o desemprego e agudizam-se os conflitos sociais, bem como o racismo.

A generalização da crise a nível mundial (excepto URSS) pode explicar-se devido à retirada dos capitais investidos na Europa (os bancos e as empresas vão à falência) e à contracção do comércio mundial (que impossibilita que os países escoem a sua produção).

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